Thursday, 13 March 2025

Mais da língua do coração...


Para saber se me estou a apaixonar por um gato do abrigo é só prestar atenção: se, quando sozinha, começar a falar com eles em português, é amor. Foi o Copperfield (na foto) que me ajudou a perceber isso.

Chegou na altura em que comecei o meu voluntariado. Nem lhe podíamos tocar. Atirava-se às paredes da jaula, que ficavam cheias de sangue, e quando entravamos para dar comida e limpar nem o víamos de tanto medo que tinha. Aos poucos, derreteu e depois de uns meses transformou-se no gatão mais meiguinho do mundo. As crianças foram visitá-lo e ele foi tão paciente e carinhoso! 

Tenho saudades dele. Jag saknar inte honom.
É mesmo saudade.

Sunday, 1 December 2024

Morre-se tantas vezes numa vida...


Antes de uma transformação daquelas que sabes que vai mudar a tua vida para sempre chega uma enorme nostalgia. Como se a vida passasse à frente dos teus olhos no momento da morte.
Só que não vais morrer.
Tudo o que foi (sem julgar se foi bom ou mau) trouxe-te aqui. Tu és a soma de todas as partes. Deste salto voltarás mais inteira, integral. As versões de ti que precisaste criar deixas dobradas, cuidadosamente, à beira do precipício. Deixaram de (te) servir.

Há um momento de conexão com o Universo em que transbordas de gratidão e humildade. Unidade. Tu és tudo, a separação é ilusão. Tu não vais morrer, vais renascer.
Metamorfose. Fénix. Um mais autêntico eu.

Sentes um borbulhar de antecipação. A felicidade que por aí vem, já a sentes. É fantástico e assustador.
Um último olhar para o arsenal de medos e dúvidas, para os destruires de vez.

É este o momento.
Inspiras fundo antes de confiar e mergulhar para o desconhecido.
Um toque leve dos que estão do outro lado e te querem bem, que te querem na maior e melhor versão de ti.
Quando ressurgires das profundezas e abrires os olhos, vais estar mais perto de Casa.

Sunday, 10 December 2023

És motor e combustível 
Da poesia em mim.

Saturday, 25 November 2023

Pausa-da-mente

Umas semanas sem Facebook e Instagram e já consigo ler um livro mais ou menos pausadamente. Consigo ver palavra a palavra e não manchas de letras que à pressa decifro do início, meio e fim de uma frase. A atenção vagueia às vezes mas sob formas controladas das quais estou maioritariamente consciente. 

Se calhar nem seria PHDA.
Se calhar é só um cérebro que foi manipulado a consumir a correr, à sôfrega, desenfreado, esgrouviado.


Friday, 10 November 2023

Alô?

1, 2, 3, 4
Experiência
1, 2, 3, 4

Friday, 27 September 2013

é verdade: casei-me!

Um coração na barriga e é urgente ressuscitar a língua-mãe.
Um coração na barriga com direito a uma corda (para o/no) meu coração, exclusiva, que já vibra e canta.
E a já saudade do que ainda não é, do que está para vir.



Thursday, 28 June 2012

o coração canta

Depois de duas semanas na casa do Porto, venho com o cérebro a desbundar no Português!

Até tenho medo de me virar para os nativos de cá e desembrulhar a língua do coração, liricamente, tanta é a falta de atrito lógico, tanta é a destreza e tão pouca é a distância entre a língua e o coração. Não há atalhos, é linha recta, directa!

Claramente, uma ida a Portugal por ano não chega!
Venha de lá esse papel e caneta, que agora tenho que manter a chama viva!