Sunday 10 December 2023

És motor e combustível 
Da poesia em mim.

Saturday 25 November 2023

Pausa-da-mente

Umas semanas sem Facebook e Instagram e já consigo ler um livro mais ou menos pausadamente. Consigo ver palavra a palavra e não manchas de letras que à pressa decifro do início, meio e fim de uma frase. A atenção vagueia às vezes mas sob formas controladas das quais estou maioritariamente consciente. 

Se calhar nem seria PHDA.
Se calhar é só um cérebro que foi manipulado a consumir a correr, à sôfrega, desenfreado, esgrouviado.


Friday 10 November 2023

Alô?

1, 2, 3, 4
Experiência
1, 2, 3, 4

Friday 27 September 2013

é verdade: casei-me!

Um coração na barriga e é urgente ressuscitar a língua-mãe.
Um coração na barriga com direito a uma corda (para o/no) meu coração, exclusiva, que já vibra e canta.
E a já saudade do que ainda não é, do que está para vir.



Thursday 28 June 2012

o coração canta

Depois de duas semanas na casa do Porto, venho com o cérebro a desbundar no Português!

Até tenho medo de me virar para os nativos de cá e desembrulhar a língua do coração, liricamente, tanta é a falta de atrito lógico, tanta é a destreza e tão pouca é a distância entre a língua e o coração. Não há atalhos, é linha recta, directa!

Claramente, uma ida a Portugal por ano não chega!
Venha de lá esse papel e caneta, que agora tenho que manter a chama viva!

Saturday 28 April 2012

ao caminhar, a minha cabeça está em constante corrente de ar...

Se calhar é aos 27 que tudo acontece.

Encontras um tipo porreirito, decides juntar os trapos e mudar de cidade/trabalho. Entretanto fizeste rastas (duas vezes, já que o cabelo teima) mas um mês e meio depois estás a mandar SMS à tua amiga às duas da manhã para te vir ajudar a rapar os últimos tufos de cabelo.

Se vocês não me passam um atestado de insanidade, I'll do it!

Sunday 22 April 2012

Órfã de língua-Mãe

Já não sei pensar em Português.
Há dias que falar a língua do coração depois de um dia de trabalho é tarefa tão complicada que evito fazê-lo.  Prefiro a comunicação escrita. Essa vai funcionando, com expressões traduzidas directamente do sueco, com um português da quarta classe, com direito a erros ortográficos, preposições trocadas e outras coisas tais, impensáveis há seis ou sete anos atrás.

Os olhos espremem uma lágrima e as cordas do coração vibram mas não tenho língua que os traduza. O meu Português empobreceu e morre a cada dia que passa. E como o meu Sueco não me é uma língua emocional, apenas técnica, morre a poesia em mim. Cai outra lágrima, solta-se um suspiro e eles ficam trilhados entre a boca e o coração, entre a caneta e o cérebro, aprisionados nesta órfã de língua-Mãe.